Quando a prematuridade bateu em minha porta é claro que eu não queria abrir. Imaginar dois bebês pequenos com necessidades especiais era um tormento para uma mãe de primeira viagem.
Os médicos dizem que os bebês que nascem com menos de 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias) são considerados prematuros. Os nascidos entre 31 e 36 semanas são considerados prematuros límitrofes e aqueles nascidos entre 24 e 30 semanas de idade gestacional são prematuros extremos.
Lucas e Henrique, os meus filhos, nasceram de 26 semanas de gestação, pesando menos de 1 quilo (780 gramas o Lucas e 790 gramas o Henrique). Dá para ter a noção da minha preocupação.
Hoje, 14 de Março, é considerado o Dia do bebê prematuro, embora, o Dia Mundial da Prematuridade seja celebrado em 17 de Novembro. A data me faz lembrar o quanto a medicina avançou e tem salvado bebês na mesma situação que os meus. Há saída para tudo. Mas é claro que a fé move montanhas e ela se faz necessária para sustentar os pais que enfrentam a rotina dura de uma Uti. Falo isso por experiência própria. Vivi 86 longos e intermináveis dias na Unidade de Tratamento Intensivo.
Ao irem para casa, meus bebês seguiram uma outra rotina para preservar a saúde. Não saímos de casa por dois meses. Avisamos aos parentes e amigos da necessidade de não visita-los nesse período.
E valeu a pena cada cuidado. Meus bebês vão completar 6 meses de vida e 3 de idade corrigida ( que é a diferença de idade que eles nasceram para os dias que eles deveriam nascer. Os meus nasceram em setembro, quando na verdade deveriam ter nascidos em dezembro), e não apresentam nenhuma sequela considerando o grau de prematuridade que tiveram. (Vívian Lessa)
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